Os esquecidos da baía de Guanabara

Prisioneiros brasileiros em Portugal, 1894-96

  • Augusto Antonio Alves Salgado Investigador do Centro de Investigação Naval (CINAV-EN) e do Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa). https://orcid.org/0000-0002-5957-7176
  • Carlos Alves Lopes Doutor em História Contemporânea. investigador no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (IHC/FCSH-UNL), do Centro de Investigação Naval da Escola Naval (CINAV-EN) e do Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa). Auditor de Defesa Nacional (IDN).
Palavras-chave: Revolta da Armada Brasileira, Asilados brasileiros, Augusto de Castilho

Resumo

A implantação da República nos Estados Unidos do Brasil, em 1889, viria a despoletar um conjunto de conflitos internos. Contestada a governação republicana quase desde os primórdios do Governo Provisório, onde se acrescentaram graves perturbações nos Estados e no Congresso Nacional da República Federal dos Estados Unidos do Brasil, que levaria o país a mergulhar numa guerra civil, denominada Revolução Federalista de 1893-95. Neste artigo pretendemos fazer uma abordagem ao papel da força naval portuguesa presente na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a partir de Agosto de 1893, mas em especial na acção do seu comandante Augusto de Castilho. A partir de Março de 1894, não só pela ponderação da situação e decisões tomadas o Capitão-de-Fragata Augusto de Castilho contribuiu para o conflito diplomático que se gerou na sequência da sua decisão humanitária que levou à retirada de mais cinco centenas de homens de uma situação inevitável de encarceramento e de possíveis represálias atrozes. É sobre esses homens salvos a 13 de Março, “os emigrados brasileiros” que focamos o artigo e damos a conhecer um pouco da sua história após chegados a Portugal.

Publicado
2021-12-14